Esportes

Por Gilson Correa Alves

Wilson Santos entra em campo e “convoca” Operário, Mixto e Dom Bosco como patrimônios de MT

Em discurso recheado de nostalgia e brincadeiras, deputado apresenta projeto que transforma três clubes tradicionais em símbolos culturais e históricos do Estado

O deputado estadual Wilson Santos (PSD-MT) levou descontração à Sessão Ordinária desta quarta-feira (19) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), ao apresentar um Projeto de Lei (PL) que declara Operário, Mixto e Dom Bosco como patrimônios imateriais, culturais e históricos do Estado. O texto, apesar de formal, veio embalado por lembranças afetivas, histórias de arquibancada e muita brincadeira.

Apaixonado pelo Operário Várzea-grandense, o famoso Chicote da Fronteira, Wilson não perdeu a oportunidade de exaltar o clube. Em tom irreverente, afirmou que o time “é o melhor do mundo”, citando — entre risos — uma suposta pesquisa da FIFA que colocaria o time à frente de Barcelona e Real Madrid.

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Deputado estadual Wilson Santos 

“A pesquisa não fui eu que fiz, foi a própria Federação Internacional”, brincou, arrancando gargalhadas dos colegas.

O deputado também puxou memórias da década de 1970, quando o Operário era presidido por Júlio Campos, hoje seu colega de plenário e um dos políticos mais experientes de Mato Grosso. Wilson contou ter visto Campos comandar o clube e aproveitou para citar, um a um, os craques que marcaram época: Carlos Pedra, Malakias, Nelson Pao, Gaguinho, Luizito, César e Joel Silva, Zé Pulula, Bife, Gilson Lira e Odeni, além do eterno treinador Totinha.

E as lembranças não pararam por aí. O parlamentar recordou o tempo em que era jornaleiro e aproveitava para vender jornais nos arredores do estádio antes de assistir aos clássicos. Entre eles, partidas acirradas do Operário contra o tradicional Dom Bosco, o Azulão da Colina.

“Eu assistia tudo, ia vender jornal e ficava vendo o Operário bater o Dom Bosco do desembargador Orlando Perri” – que estava na planteia prestigiando a sessão – relembrou, mantendo o tom provocativo entre os rivais históricos.

A proposta apresentada por Wilson Santos abrange os três clubes mais antigos de Mato Grosso: Operário, Mixto e Dom Bosco, ícones do futebol mato-grossense. Para ele, as equipes carregam parte importante da história, da cultura e da identidade esportiva do estado — razão pela qual merecem ser oficialmente reconhecidas como patrimônios imateriais.

Com humor, memória afetiva e uma boa dose de paixão clubística, o deputado transformou a pauta esportiva em um dos momentos mais leves da sessão, mostrando que política também pode ter espaço para sorrisos — e, claro, para futebol.

Fonte: https://www.parlamentonews.com.br/legislativo/1-noticias/legislativo/3671-wilson-santos-entra-em-campo-e-convoca-operario-misto-e-dom-bosco-como-patrimonios-de-mt

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